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VI. Sistemas de Informação


EDI (Electronic Data Interchange)


EDI significa troca estruturada de dados através de uma rede de dados qualquer e pode ser definida como o movimento electrónico de documentos standard de negócio entre ou dentro de empresas. A EDI utiliza um formato de dados estruturados de recolha automática que permite que os dados sejam transformados sem serem reintroduzidos (Wikipédia, s.d.). Este método é seguro,visto a transmissão de dados ser feita por algoritmos de codificação ou por assinatura digital.

Este sistema está intimamente ligado com a troca de informações entre parceiros comerciais. Num hipermercado, é possível a logística usufruir da EDI, ligando a sua base de dados directamente à do fornecedor. Esta é uma forma de satisfazer as necessidades a nível dos stocks.

A EDI funciona sem interacção humana e de uma forma rápida, visto que está ligada ao sistema informático da cadeia, interligando e interagindo com as áreas do hipermercado, tais como as caixas registadoras, os produtos nas prateleiras e no armazém, entre outros. A informação é transmitida ao mesmo tempo que o processo é realizado.

As grandes vantagens da utilização da EDI, em cadeias de hipermercados, são:

a grande diminuição dos stocks nos armazéns. Como a compra de novo stock ao fornecedor é feita na altura da requisição, visto sair logo a nota de encomenda, o tempo de reabastecimento diminui significativamente, implicando uma diminuição dos stocks armazenados e dos próprios armazéns;

contribui para operações do tipo just in time no hipermercado. Toda a informação é transmitida ao mesmo tempo que o processo é realizado;

diminuição de erros no processamento dos documentos, visto que é tudo informatizado;

diminuição do lead-time, visto que o tempo que decorre desde o processamento de uma encomenda até à sua colocação na prateleira para venda diminui (Santos, 2006).


Códigos de Barras


Numa monografia, Yanina (s.d.) dá informação detalhada sobre códigos de barras. O documento inclui uma breve introdução sobre a estrutura, aplicação e vantagens dos códigos de barras. Segue-se a definição de código de barras e dos termos símbolo e simbologia a ele associados. Esta é uma ferramenta que serve para armazenar informação e dados que podem ser nele reunidos de forma rápida e com grande precisão.

Nas secções seguintes são descritas as vantagens e benefícios dos códigos de barras: impressão a custos baixos, percentagem reduzida de erros, rapidez na recuperação de dados, equipamentos de leitura e impressão flexíveis, fáceis de ligar e instalar; melhor controlo de entradas e saídas, introdução de novas categorias e precisão de informação.

São enunciadas as aplicações desta ferramenta e algumas actividades que exemplificam como um código de barras melhora a produtividade e rentabilidade de um negócio, quer se trate de fabricação, transporte, venda a retalho e muitas outras actividades.

É definida a simbologia no código de barras, sua importância e caracterizados os vários tipos existentes. Explica-se o porquê dos diferentes tipos de simbologia e os factores que lhes estão associados. As simbologias são de uma (1D) e duas dimensões (2D). Na simbologia de uma dimensão existem dois sistemas de codificação: o UPC (Universal Product Code) e o EAN (European Article Numbering). Dentro desta dimensão encontram-se o EAN 13 e 8, os códigos 39 e 128, intercalado 2 em 5, codabar e posnet. A simbologia da segunda dimensão é um complemento da simbologia da primeira dimensão e tem como exemplos os códigos PDF417 e MaxiCode.

Na secção sobre a leitura dos códigos de barra é explicado o procedimento e apresentados três sistemas de a realizar: entrada de dados pelo teclado, leitores portáteis com ou sem memória e leitores de radiofrequência. É explicada a necessidade de uma compatibilidade entre os leitores e os programas para computador, de modo que se possa ter acesso à informação contida no código de barras.

Existem diversos tipos de leitores, descritos na monografia quanto ao seu modo de uso e realçando as suas vantagens e desvantagens. Leitores tipo lápis, de ranhura ou slot, do tipo CCD e CCD de aproximação; de laser de aproximação e do tipo pistola, fixo e fixo omnidireccional, autónomos e de códigos de barras de 2D.

A última secção apresenta uma visão do futuro onde o código de barras poderá ter o seu papel diminuído pela generalização do uso dos sistemas electrónicos, dos quais são abordadas algumas vantagens e aplicações (Figueira, 2006).


Normas de Rastreio de Produtos Frescos


A infoAgro.com (s.d.) disponiza informação sobre o modelo de rastreio da cadeia de abastecimento de produtos frescos.

O documento inclui um resumo executivo que refere as instituições que colaboraram na elaboração das normas; indica que elas definem os requisitos mínimos para o rastreio de produtos frescos, seus objectivos e limitações.

Depois dos agradecimentos e de descrever, brevemente, o sistema de numeração e codificação de barras EAN.UCC, é disponibilizado um guia prático para utilização do sistema.

Na introdução é justificada a necessidade da existência do referido sistema e da criação de normas mundiais da cadeia de abastecimento, concluindo com uma breve descrição do projecto de rastreio dos produtos frescos e um resumo das secções seguintes.

Na secção sobre o modelo de rastreio da cadeia de abastecimento de produtos frescos é definido o objectivo deste modelo que implica: ligações entre as sucessivas configurações da unidade comercial e logística; manutenção de um registo exacto e atempado; lotes homogéneos e comunicação electrónica dos dados de rastreio.

É esquematizado o modelo que representa os fluxos de informação que acompanham os fluxos físicos para assegurar o rastreio dos produtos frescos.

As ferramentas de rastreio EAN.UCC incluem: os números mundiais de artigo comercial e o código de barras EAN.UCC; as definições de: unidades de consumo, comercial e logísticas; e de informação de atributos.

As normas de rastreio de produtos frescos envolvem: a identificação das localizações; identificação das unidades comerciais e logísticas; a etiqueta logística EAN.UCC; o código de barras das unidades comerciais e logísticas; e os dados de atributos da unidade comercial e logística.

Em anexo são apresentados, novamente, os princípios do sistema EAN.UCC, na forma de um guia prático (Figueira, 2006).


Identificação por Rádio Frequência (RFID)


A RFID (Radio Frequency Identification) utiliza etiquetas electrónicas ou de RFID que emitem um Código Electrónico do Produto (EPC, Eletronic Product Code)(Sudré, 2005). Esta tecnologia tem vindo a ser usada cada vez mais em diversos ramos, mas o que a torna realmente interessante é o facto de ser cada vez mais apontada como uma substituição do código de barras, permitindo um maior controlo logístico numa cadeia de hipermercados.

As vantagens das etiquetas electrónicas são, por exemplo: codificação em ambientes hostis; codificação de produtos em que o código de barras não é eficiente; colocação no interior do produto; colocação em superfícies posteriormente pintadas ou com outro tipo de acabamento; leitura sem contacto; leitura sem abertura da embalagem; baixo tempo de resposta; e captação da informação com a etiqueta em movimento (Brazão, 2005).

Entre as utilizações correntes desta tecnologia contam-se o controlo de segurança das saídas de estabelecimentos e nas «vias verdes». Para além da utilização pelas cadeias de hipermercados para identificar os produtos na recepção, as etiquetas electrónicas permitem, também: o controlo das existências em tempo real; a determinação e identificação dos pontos de perdas de mercadoria; e o controlo das paletes (Brazão, 2005).

Uma das grandes desvantagens das etiquetas electrónicas é o seu custo elevado em relação às de código de barras (Dâmaso, 2005 e Sudré, 2005). Há ainda o problema das faixas de frequência para leitura das etiquetas, estarem a ser definidas para cada região, o que é uma dificuldade no comércio internacional; não se detectar a passagem de mercadoria cuja informação não foi lida; o efeito da exposição humana às ondas de rádio(Brazão, 2005); e a utilização em produtos metálicos ou com componentes metálicos (Dâmaso, 2005).

Uma organização a nível mundial, a EPCGlobal está encarregada de gerir a implantação desta tecnologia (Brazão, 2005, Dâmaso, 2005, Santos, 2006, Pereira, 2006).


Referências


BRAZÃO, Anderson - Etiquetas Electrónicas. 2005. Consultado a 8 de Março de 2006.

DÂMASO, Luisa - Etiqueta Electrónica é Cara. 2005. Consultado a 8 de Março de 2006.

INFOAGRO.COM – Normas de Trazabilidad para Produtos Frescos. Consultado a 9 de Março de 2006.

SUDRÉ, Gilberto - A Etiqueta Inteligente. 2005. Consultado a 8 de Março de 2006.

WIKIPÉDIA - EDI. Consultado a 14 de Março de 2006.

YANINA, Maria - Envases y Embalajes: Códigos de Barras. Consultado a 15 de Março de 2006.


Bibliografia


BELLO, Luís - O Sistema EAN-UCC para a Rastreabilidade em Portugal. Consultado a 26 de Abril de 2006.

DIAS, João Carlos Quaresma - Logística Global e Macrologística. Lisboa, Edições Sílabo, 2005.

LINK - Dispositivo substitui código de barras no supermercado do futuro. Consultado a 21 de Março de 2006.

MENDES et al. - EDI: Electronic Data Interchange. Caparica, FCT/UNL. Consultado a 14 de Março de 2006.


Ligações


Asociación Española de Codificiación Comercial (AECOC). Barcelona - Codificación e Identificación. Consultado a 26 de Março de 2006.

WIKIPÉDIA - Código de Barras. Consultado a 14 de Março de 2006.


Blog


CREATIVE WEBLOGGING - The RFID Weblog. Consultado a 23 de Abril de 2006.

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