VI. Sistemas de Informação
EDI (Electronic Data Interchange)
Este sistema está intimamente ligado com a troca de informações entre parceiros comerciais. Num hipermercado, é possível a logística usufruir da EDI, ligando a sua base de dados directamente à do fornecedor. Esta é uma forma de satisfazer as necessidades a nível dos stocks.
A EDI funciona sem interacção humana e de uma forma rápida, visto que está ligada ao sistema informático da cadeia, interligando e interagindo com as áreas do hipermercado, tais como as caixas registadoras, os produtos nas prateleiras e no armazém, entre outros. A informação é transmitida ao mesmo tempo que o processo é realizado.
As grandes vantagens da utilização da EDI, em cadeias de hipermercados, são:
a grande diminuição dos stocks nos armazéns. Como a compra de novo stock ao fornecedor é feita na altura da requisição, visto sair logo a nota de encomenda, o tempo de reabastecimento diminui significativamente, implicando uma diminuição dos stocks armazenados e dos próprios armazéns;
contribui para operações do tipo just in time no hipermercado. Toda a informação é transmitida ao mesmo tempo que o processo é realizado;
diminuição de erros no processamento dos documentos, visto que é tudo informatizado;
diminuição do lead-time, visto que o tempo que decorre desde o processamento de uma encomenda até à sua colocação na prateleira para venda diminui (Santos, 2006).
Códigos de Barras
Nas secções seguintes são descritas as vantagens e benefícios dos códigos de barras: impressão a custos baixos, percentagem reduzida de erros, rapidez na recuperação de dados, equipamentos de leitura e impressão flexíveis, fáceis de ligar e instalar; melhor controlo de entradas e saídas, introdução de novas categorias e precisão de informação.
São enunciadas as aplicações desta ferramenta e algumas actividades que exemplificam como um código de barras melhora a produtividade e rentabilidade de um negócio, quer se trate de fabricação, transporte, venda a retalho e muitas outras actividades.
É definida a simbologia no código de barras, sua importância e caracterizados os vários tipos existentes. Explica-se o porquê dos diferentes tipos de simbologia e os factores que lhes estão associados. As simbologias são de uma (1D) e duas dimensões (2D). Na simbologia de uma dimensão existem dois sistemas de codificação: o UPC (Universal Product Code) e o EAN (European Article Numbering). Dentro desta dimensão encontram-se o EAN 13 e 8, os códigos 39 e 128, intercalado 2 em 5, codabar e posnet. A simbologia da segunda dimensão é um complemento da simbologia da primeira dimensão e tem como exemplos os códigos PDF417 e MaxiCode.
Na secção sobre a leitura dos códigos de barra é explicado o procedimento e apresentados três sistemas de a realizar: entrada de dados pelo teclado, leitores portáteis com ou sem memória e leitores de radiofrequência. É explicada a necessidade de uma compatibilidade entre os leitores e os programas para computador, de modo que se possa ter acesso à informação contida no código de barras.
Existem diversos tipos de leitores, descritos na monografia quanto ao seu modo de uso e realçando as suas vantagens e desvantagens. Leitores tipo lápis, de ranhura ou slot, do tipo CCD e CCD de aproximação; de laser de aproximação e do tipo pistola, fixo e fixo omnidireccional, autónomos e de códigos de barras de 2D.
A última secção apresenta uma visão do futuro onde o código de barras poderá ter o seu papel diminuído pela generalização do uso dos sistemas electrónicos, dos quais são abordadas algumas vantagens e aplicações (Figueira, 2006).
Normas de Rastreio de Produtos Frescos
O documento inclui um resumo executivo que refere as instituições que colaboraram na elaboração das normas; indica que elas definem os requisitos mínimos para o rastreio de produtos frescos, seus objectivos e limitações.
Depois dos agradecimentos e de descrever, brevemente, o sistema de numeração e codificação de barras EAN.UCC, é disponibilizado um guia prático para utilização do sistema.
Na introdução é justificada a necessidade da existência do referido sistema e da criação de normas mundiais da cadeia de abastecimento, concluindo com uma breve descrição do projecto de rastreio dos produtos frescos e um resumo das secções seguintes.
Na secção sobre o modelo de rastreio da cadeia de abastecimento de produtos frescos é definido o objectivo deste modelo que implica: ligações entre as sucessivas configurações da unidade comercial e logística; manutenção de um registo exacto e atempado; lotes homogéneos e comunicação electrónica dos dados de rastreio.
É esquematizado o modelo que representa os fluxos de informação que acompanham os fluxos físicos para assegurar o rastreio dos produtos frescos.
As ferramentas de rastreio EAN.UCC incluem: os números mundiais de artigo comercial e o código de barras EAN.UCC; as definições de: unidades de consumo, comercial e logísticas; e de informação de atributos.
As normas de rastreio de produtos frescos envolvem: a identificação das localizações; identificação das unidades comerciais e logísticas; a etiqueta logística EAN.UCC; o código de barras das unidades comerciais e logísticas; e os dados de atributos da unidade comercial e logística.
Em anexo são apresentados, novamente, os princípios do sistema EAN.UCC, na forma de um guia prático (Figueira, 2006).
Identificação por Rádio Frequência (RFID)
As vantagens das etiquetas electrónicas são, por exemplo: codificação em ambientes hostis; codificação de produtos em que o código de barras não é eficiente; colocação no interior do produto; colocação em superfícies posteriormente pintadas ou com outro tipo de acabamento; leitura sem contacto; leitura sem abertura da embalagem; baixo tempo de resposta; e captação da informação com a etiqueta em movimento (Brazão, 2005).
Entre as utilizações correntes desta tecnologia contam-se o controlo de segurança das saídas de estabelecimentos e nas «vias verdes». Para além da utilização pelas cadeias de hipermercados para identificar os produtos na recepção, as etiquetas electrónicas permitem, também: o controlo das existências em tempo real; a determinação e identificação dos pontos de perdas de mercadoria; e o controlo das paletes (Brazão, 2005).
Uma das grandes desvantagens das etiquetas electrónicas é o seu custo elevado em relação às de código de barras (Dâmaso, 2005 e Sudré, 2005). Há ainda o problema das faixas de frequência para leitura das etiquetas, estarem a ser definidas para cada região, o que é uma dificuldade no comércio internacional; não se detectar a passagem de mercadoria cuja informação não foi lida; o efeito da exposição humana às ondas de rádio(Brazão, 2005); e a utilização em produtos metálicos ou com componentes metálicos (Dâmaso, 2005).
Uma organização a nível mundial, a EPCGlobal está encarregada de gerir a implantação desta tecnologia (Brazão, 2005, Dâmaso, 2005, Santos, 2006, Pereira, 2006).
Referências
BRAZÃO, Anderson - Etiquetas Electrónicas. 2005. Consultado a 8 de Março de 2006.
DÂMASO, Luisa - Etiqueta Electrónica é Cara. 2005. Consultado a 8 de Março de 2006.
INFOAGRO.COM – Normas de Trazabilidad para Produtos Frescos. Consultado a 9 de Março de 2006.
SUDRÉ, Gilberto - A Etiqueta Inteligente. 2005. Consultado a 8 de Março de 2006.
WIKIPÉDIA - EDI. Consultado a 14 de Março de 2006.
YANINA, Maria - Envases y Embalajes: Códigos de Barras. Consultado a 15 de Março de 2006.
Bibliografia
BELLO, Luís - O Sistema EAN-UCC para a Rastreabilidade em Portugal. Consultado a 26 de Abril de 2006.
DIAS, João Carlos Quaresma - Logística Global e Macrologística. Lisboa, Edições Sílabo, 2005.
LINK - Dispositivo substitui código de barras no supermercado do futuro. Consultado a 21 de Março de 2006.
MENDES et al. - EDI: Electronic Data Interchange. Caparica, FCT/UNL. Consultado a 14 de Março de 2006.
Ligações
Asociación Española de Codificiación Comercial (AECOC). Barcelona - Codificación e Identificación. Consultado a 26 de Março de 2006.
WIKIPÉDIA - Código de Barras. Consultado a 14 de Março de 2006.
Blog
CREATIVE WEBLOGGING - The RFID Weblog. Consultado a 23 de Abril de 2006.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home