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II. Logística


Definição de Logística


Ramo dos conhecimentos e actividades militares, que tem como objectivo assegurar às forças armadas, em especial às que se encontram em campanha ou em combate, a satisfação das necessidades materiais, no tempo, no local, na quantidade e qualidade requeridas, de forma a desempenharem eficazmente a missão que lhes foi confiada (Casteleiro, 2001 e Rentes, 2006).

A logística é a área da administração que trata do transporte e armazenamento das mercadorias.

Logística é o conjunto de planeamento, operação e controlo do fluxo de materiais, mercadorias, serviços e informações da empresa, integrando e racionalizando as funções sistémicas desde a produção até à entrega, assegurando vantagens competitivas na cadeia de abastecimento e a consequente satisfação dos clientes.

A actividade logística é regida pelos logistic drivers (factores de direccionamento), para níveis maiores de complexidade operacional, como, por exemplo, históricos da procura dos produtos ou serviços, frequência das encomendas e quantidades por encomenda; custos envolvidos na operação, tempo de entrega (lead-time), pedido mínimo, rupturas de abastecimento, prazos de entrega, períodos promocionais e frequência de sazonalidade, políticas de stock (evitando faltas ou excessos), planeamento da produção, políticas de gestão das encomendas (orders), análise dos modelos de canais de distribuição, entre outros.

Em linhas gerais, podemos dizer que a logística está presente em todas as actividades de uma empresa. A logística começa pela necessidade do cliente. Sem essa necessidade, não há movimento de produção e entrega (Wikipédia, s.d. e Costa, 2006a).

A evolução do conceito de logística segundo o Council of Logistics Management (CLM), desde 2005 Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP), é descrita por Severo (s.d. e Costa, 2006b).

Na perspectiva do cliente: entrega do produto certo, ao cliente certo, na quantidade certa, na condição certa, no local certo, no momento certo, ao custo certo.

Perspectiva da utilidade/valor: utilidade/valor fornecida em tempo e lugar aos materiais e produtos, satisfazendo os objectivos da organização.

Perspectiva das existências: gestão de materiais em movimento e de inactivos.

Na perspectiva da gestão funcional: determinação das necessidades de materiais, compras, transportes, gestão de existências, armazenagem, manuseamento de materiais, embalagem, análise da localização da instalação, distribuição, manuseamento dos materiais devolvidos, gestão da informação, serviço ao cliente e todas as outras actividades relacionadas com o apoio aos clientes internos e externos à organização (Machado, 2005 e Rentes, 2006).

Para que seja mais fácil a compreensão de alguns termos logísticos, recomenda-se o dicionário do Guia Log (s.d.) que os explica de uma forma simples (Pereira, 2006).

No Canal do Transporte (s.d.), podem encontrar-se, entre outras, as definições de:

logística;
logística subcontratada (contratada);
logística da produção;
logística quinteirizada (da quinta parte), 5PL;
logística de aprovisionamento (abastecimento);
logística de distribuição;
logística quarteirizada (de quarta parte), 4PL;
logística terceirizada (de terceira parte), 3PL;
logística integrada;
logística empresarial (nos negócios);
logística inversa (reversa) (Ferrão, 2006).


Actividades e Grupos de Actividades Logísticas

Algumas listagens, por exemplo a de Machado (2005), incluem actividades logísticas que se completam, como aquisição, transporte e controlo de stocks; e não referem outras, tais como, previsões, layout e planeamento agregado:

Serviço ao clienteLocalização da fábrica e armazéns
Previsão de vendasAquisição
Gestão de informaçãoEmpacotamento
Controlo/gestão de stocksGestão de devoluções
Manuseamento de materiaisRecuperação e deposição de resíduos
Processamento de encomendasGestão de transporte
Após venda (peças e serviços)Armazenagem

Bowersox, tal como referido por Carvalho et al. (2000), define cinco grupos de actividades logísticas: gestão das infra-estruturas da empresa, constituição e gestão de stocks, comunicação e informação, movimentação de materiais / produtos e transporte. Nestes grupos inserem-se as actividades mais afins a cada um deles (Costa, 2006c).

Ballou (1987) é um generalista que propõe uma classificação para qualquer actividade empresarial. É uma abordagem hierárquica das actividades algo desadaptada à perspectiva processual (Carvalho, 2002 e Carla, 2006a):

Actividades primárias:
transporte;
constituição e gestão de stocks;
processamento de encomendas.

Actividades de suporte:
armazenamento;
movimentação de materiais / produtos;
grupagem e / ou embalagem (ou as inversas);
aquisição (para reposição do nível do stock sem envolvimento na negociação de preço);
manutenção, tratamento e controlo da informação;
planeamento logístico.

Stock e Lambert (1993) descrevem, extensamente, catorze actividades logísticas, sendo a apresentação, globalmente, conforme com uma visão actual de empresa, sob a óptica dos processos (Carvalho, 2002 e Carla, 2006b):

serviço ao cliente / consumidor;
processamento de encomendas;
comunicação e informação inerentes à logística;
constituição e gestão de stocks;
previsão de vendas;
transporte;
armazenamento;
localização de instalações;
movimentação de materiais / produtos;
compras;
serviços de apoio à logística (nomeadamente no pós-venda);
grupagem e / ou embalagem (ou as inversas);
reaproveitamento de materiais / produtos;
movimentação de materiais / produtos para devolução.

Coyle et al. (1988) abordam a logística por intermédio de quinze actividades não muito diferentes das publicadas, mais tarde, por Stock e Lambert (1993) (Carvalho, 2002 e Carla, 2006c):

gestão do tráfego e transporte;
armazenamento e gestão de stocks;
embalagem industrial;
manuseamento de materiais / produtos;
controlo de stocks;
processamento de encomendas;
gestão de níveis de serviço;
previsão das vendas;
compras de logística;
comunicação e informação inerentes às actividades logísticas;
localização de instalações;
movimentação de devoluções;
serviço de suporte a componentes e peças de produtos;
reaproveitamento de materiais / produtos.

Hutchinson (1987) aborda sete actividades, características da logística militar (Carvalho, 2002 e Carla, 2006d):

transporte;
armazenamento;
reparação de peças e componentes;
treino e formação de recursos humanos;
execução de manuais de actuação e normas;
testes e manutenção de equipamento;
gestão de infra-estruturas.


Referências


BALLOU, Ronald H. - Basic Business Logistics: transportation, materials management, physical distribution, 2.a ed., Englewood Cliffs, NJ, Prentice Hall, 1987.

CANAL DO TRANSPORTE - Dicionário de Transporte e Logística. Consultado a 13 de Março de 2006.

CARVALHO, José Mexia Crespo de - Logística, 3.a ed., Lisboa, Edições Sílabo, 2002.

CARVALHO; José Mexia Crespo de, et al.Comércio Eletrónico: Logística. São João do Estoril, Principia, 2000.

CASTELEIRO, João Malaca, org. - Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea. Lisboa, Verbo, 2001.

COYLE, John J., et al. - The Management of Business Logistics, St. Paul, MN, West Publishing Company, 1988.

GUIALOG - Dicionário da Logística. Consultado a 18 de Março de 2006.

HUTCHINSON, Norman E. - An Integrated Approach to Logistics Management, Englewood Cliffs, NJ, Prentice Hall, 1987.

MACHADO, Virgínia H. - Acetatos de Logística 2004/2005. Caparica, FCT/UNL, 2005.

SEVERO Fillho, João - Publicação. Aracaju, SE, Portal de Logística. Consultado a 9 de Março de 2006.

STOCK, James R.; LAMBERT, Douglas M. - Strategic Logistics Management, 3.a ed., Boston, Irwin, 1993.

WIKIPÉDIA - Logística. Consultado a 23 de Fevereiro de 2006.

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